6.22.2008

Fotos de Espectáculo (Patrícia André)





4.19.2008

Herberto Smith

Herberto Smith - o fotógrafo de 2 Perdidos



10.23.2007

ESTREIA JA DIA 24 OUT

10.11.2007

Mais fotos de ensaio

Fotos de Patrícia André















Da esq para a dta:
João Calixto - cenografia
Gi Carvalho - desenho de luz
Diogo Mesquita - apoio à encenação



Mafalda Nascimento em ensaios










Hugo Caroça - concepção e direcção





João Saboga - actor

10.02.2007

Fotos de ensaio - Herberto Smith





1 - Ensaio no espaço JGM
(João Garcia Miguel)




















2- João Saboga /TONHO



3- Hugo Caroça/PACO


4- Mafalda Nascimento / Violoncelista














6 - Pausa para café

9.28.2007

Os Sapatos // The Shoes //


Hugo Caroça - Paco
João Saboga - Tonho

9.18.2007

O Cenario //The scene//

João Calixto, o cenógrafo do projecto, começou a contrução do cenário de 2 Perdidos Numa Noite Suja. Depois de montadas as camas, Hugo Caroça e Patrícia André testam as várias possibilidades cenográficas, no espaço de ensaio - SOU oficina de movimento.

//João Calixto builds de scenery. Hugo Caroça and Patrícia André put it together and test the potential of the beds in the scene. //

ESPAÇO CÉNICO// The scene//
Uma cena estilizada, não naturalista.
Duas camas de ferro bastam para caracterizar o quarto de pensão da nossa história. As camas são de dimensões desconfortáveis, fazendo com que o corpo não encontre um lugar de descanso, como se estivesse desencaixado da escala natural da cidade.

Uma das características mais importantes deste projecto é o despojamento. Desta maneira reduzimos os elementos cénicos ao essencial - 2 camas.
O quarto da pensão serve vários propósitos; casa; dormitório; prisão; esconderijo; porto seguro. Devido à pluralidade de significantes a ele atribuídos, apresentamo-lo como um espaço neutro, passível de comportar a todos estes espaços afectivos.

// A non-naturalist scene. Two beds characterize the boarding-room.
We present the room as a neutral space due to its various meanings, capable of being many emotional places as home; dormitory; prison; hideout; safe place. //

8.08.2007

O Autor e a Peça //The author & The play//

O AUTOR
Plínio Marcos (1935-1999)



“Onde existe autoritarismo o artista é sufocado.
O autoritarismo gera obscurantismo que favorece
o copiador, o bobo da corte e os senhores da estética decorativa.”




“Os extremos marcam as peças de Plínio Marcos.
É ainda e sempre o realismo cortante, não psicológico, mas miserável, com personagens em extremos, carregados pela realidade de um país em limite de miséria. Personagens que convivem num ambiente abjecto, sufocante, de ruínas urbanas, em quartos de cortiço (1) , sob lonas de circo, debaixo de viadutos: a cidade decaída.

Os seus textos, quando lidos sem intermediação do actor, sugerem pouco, mas assim que sobem ao palco, ganham dimensão de grande dramaturgia. É uma arte grosseira, a de Plínio Marcos, que aponta falta de acabamento, criação de impulso, sem refinamento.
Mas é ouvir um, dois actores interpretando as suas falas e surge humor, tragédia, o grande teatro.”

(1) Bairro degradado.

// Plínio Marcos’ plays are distinguished by its extremes. It’s sharp realism, non psychological but miserable, with characters that live together in a despicable, suffocating environment of a city in decay.
When read without the intervention of actors, his plays don’t suggest much but as soon as they go on stage, they achieve the dimension of great dramaturgy. //

(Texto extraído do jornal Folha de S. Paulo de 18/02/1998)
// text from the newspaper Folha de S. Paulo 18 /02 !1998 //




“Teatro só faz sentido quando é uma tribuna livre
onde se pode discutir até às últimas consequências os problemas dos homens.”
-Plínio Marcos-






A PEÇA // The Play// Dois Perdidos Numa Noite Suja

“ Há no conflito entre Dois Perdidos (...) uma linguagem emocionante, despojada, termostática nas graduações de
temperatura social e dramática, em que a palavra sobe e desce para determinar as situações humanas, levadas de limite em limite até ao extremo fatal e inexorável de uma realidade que condena. (...) o final da peça é a hemorragia do câncer. Impiedoso. Cruel. Anti-Romântico.”

// In the conflict between the two men in the play, there’s a thrilling, despoilled language where the words determine human situations, pushed from one limit to the other until the fatal extreme of a reality that condemns.
The end of the play is the bleeding of a cancer. Merciless. Cruel. Anti-Romantic. //

-Alberto D`Aversa-


DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA - Moderna Dramaturgia Brasileira

Racionalizando, hoje em dia, sua criação, Plínio acredita que tenha introduzido nela aspectos sociais, que não perderam actualidade. Basicamente, está em jogo o problema da migração : os conflitos aguçam-se, quando alguém se desvincula de sua cultura. (...) Segundo Plínio, Dois Perdidos contém um elemento novo – a consciência de que não existe apenas uma cultura. De facto, há a erudita, a de massa, a popularesca e a popular. Cada homem fala em nome de sua própria cultura, não se entendendo com as demais. (...)

A linguagem, para exprimir o clima de verdade, não poderia recorrer a falsas delicadezas. Daí a crueza, a frase cortante, a sabedoria popular, a recusa da literatura. (...)

// To express the atmosphere of truth, the language could not resort to false courtesies. That’s the reason for the cruelty, the cutting words, the popular wisdom, the refuse of literature. //


De um ponto de vista exclusivamente dramático, Dois Perdidos proporcionou numerosa e expressiva descendência de textos de duas personagens, nos últimos anos da década de 60. Seu denominador comum era a quebra de todos os tabus – honesto grito de revolta de uma geração inconformada. Privilegiou-se a explosão individual, em lugar da análise esquemática dos jogos de força políticos. Plínio Marcos á sua revelia, foi erigido um novo mestre da dramaturgia brasileira.

(em; MAGALDI, Sábato. Moderna dramaturgia brasileira. São Paulo: Perspectiva, 1998. (Estudos. Teatro), pp. 215-221)





“O ator começa a ficar soberano do seu talento
quando ganha consciência de que entra no palco para servir e não para ser servido.”
-Plínio Marcos-

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3.12.2007

Reportagem do nosso trabalho //Following the project//

2 PERDIDOS NUMA NOITE SUJA
um espectáculo de teatro para 2 actores e uma violoncelista.
//a play for 2 actors and a violoncello-player//

TEATRO DE TRINDADE / Sala Estúdio - 24/Out a 18/Nov


SINOPSE //sinopsis//
Um quarto de pensão de baixa categoria. Dois homens. Um par de sapatos. Um revólver. Uma luta violenta pela sobrevivência na grande cidade. No pequeno quarto de pensão a tensão adensa-se, os dois homens revelam-se de forma cada vez mais transparente, agressiva e declaradamente brutal.
Determinados a mudar o rumo da sua vida planeiam uma saída, um acto desesperado que os leva a entrar nessa noite suja de onde regressam poucas horas depois com os seus destinos irremediavelmente mudados.
Nesta cidade em tudo tem um preço um simples par de sapatos pode valer muito mais do que uma vida.

//A cheap room in a boarding house. Two men. A pair of shoes. A gun. A struggle for survival in a big city.
Determined to change the course of their lives, they plan a way out, a desperate decision that will change their destiny irreparably.//

CONTEXTUALIZAÇÃO //The context//
A acção passa-se nos dias de hoje numa enorme cidade, (aqui, a caracterização do tamanho da cidade não é geográfica mas refere-se ao seu tamanho desproporcional em relação à escala humana). Estamos perante um lugar que provoca a desumanização do homem, uma realidade cada vez mais banal, reportada nos noticiários das grandes capitais do mundo, onde as histórias de marginalidade são tratadas como assunto de especulação. Neste projecto o exemplo destes dois homens é narrado longe das objectivas sensacionalistas, faz-se o zoom ao caso particular onde a identidade do homem se confunde com a necessidade.

//The action takes place nowadays in a huge city, a place that causes dehumanization of mankind.
In this project, we zoom into a specific case where one’s identity is mixed up with necessity.//

foto: Aurélio Vasques



«Se as minhas peças são actuais o mérito não é meu, a culpa é do país que não se modificou»
// The credit is not mine if my plays are present-day, the nation that has not changed is to blame.//
-Plínio Marcos-

O TEXTO
A qualidade do texto de Plínio Marcos e a sua actualidade é um dos factores decisivos na escolha desta obra. A essencialidade da escrita e a sua crueza, granjearam-lhe o mérito público e o reconhecimento de obra de culto da dramaturgia moderna brasileira.
A peça, referenciada como hiper-realista, é praticamente um documento biográfico do sub-mundo de S. Paulo nos anos 60, a miséria que rodeia as personagens é assombrosa e obriga-os a actos desesperados.
O impacto que causa este texto, vem inicialmente da sua forma extremamente despojada: A aspereza do diálogo vai atingindo contornos grotescos e absurdos; o clima de desamparo e desespero crescentes levarão à agressão física e à violência que sobe em escalada até ao fim da peça.

REPORTAGEM DO PROJECTO //Following the project//
À medida que o trabalho evolui, ficarão disponíveis neste blog, um diário dos ensaios com: textos, fotografias, pequenos vídeos e trechos de música relativos ao espectáculo.
Neste blogspot queremos que o público deixe a sua opinião iniciando um fórum de discussão critica sobre o trabalho desenvolvido.

//As far as the work develops, it will be available in this blog a diary of the rehearsals with: texts, photos, videos and extracts of music related to the show.
In this blogspot we want the audience to leave his opinion, starting a forum for discussion about the work in progress.//

NOTA: O diário é actualizado regularmente
// NOTE: This diary is regularly updated //

FICHA TÉCNICA:
Texto: Plínio Marcos
Concepção e Direcção do Projecto: Hugo Caroça
Interpretação: João Saboga, Hugo Caroça
Musica Original: Mafalda Nascimento
Cenário: João Calixto
Desenho de Luz: Gi Carvalho
Apoio à Encenação: Diogo Mesquita
Operação de Luz e Som: Patrícia André
Fotografia: Herberto Smith
Design: Pedro Sá
Documentação e Edição Video: Patrícia André
Assessoria de Imprensa: Maria Schiappa
Uma produção TERRAdeNINGUÉM

APOIOS //Supported by//
Fundação Calouste Gulbenkian / João Garcia Miguel Unipessoal Lda. / SOU oficina de movimento e arte /
AGL - Artes Gráficas Lda.

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